O diabetes mellitus é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue usar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para conseguir usar a glicose que vem dos alimentos e transformar em energia. Daí a grande importância desse hormônio já que a glicose é nossa principal fonte de energia.
As principais causas são fatores genéticos, biológicos e ambientais (alimentação inadequada, sedentarismo, medicamentos). A elevação da glicose por longo prazo pode trazer repercussões nos pequenos e grandes vasos sanguíneos, comprometendo os diversos sistemas como, olhos, rins, nervos, coração e cérebro. Assim o diagnóstico de Diabetes seria apenas a ponta do iceberg, onde “abaixo” dele estão complicações nos diversos órgãos, como neuropatia, retinopatia, nefropatia, atrofia muscular, perda de massa óssea e inflamação dos vasos cerebrais e cardíacos que levam ao AVC e infarto respectivamente.
Existe uma classificação (usada até hoje) que divide o diabetes em alguns tipos:
Tipo 1: caracterizado por uma deficiência de insulina importante. Surgimento mais comum na infância e adolescência. Comumente de causa autoimune. Necessita do uso de insulina.
Tipo 2: perda progressiva da produção de insulina ou dificuldade de sua utilização. Várias formas de apresentação. Mais comum na fase adulta. Fator hereditário quase sempre presente. Tratamento com medicamentos orais e em alguns casos insulina.
Gestacional: glicoses elevadas de graus variados durante a gestação. O diagnóstico é dado após a 24ª semana de gravidez. Tratamento com dieta e/ou medicamentos orais ou insulina.
Outros: monogênico, neonatal, secundário às doenças, infecções, medicamentos.
O diagnóstico pode ser dado por várias modalidades de exames: glicose de jejum (mínimo de 8h) maior ou igual a 126mg/dL; glicose 2h após sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dL; ao acaso com sintomas e acima de 200mg/dL e HbA1C (hemoglobina glicada) maior ou igual a 6,5%. Na ausência de sintomas, é necessária a repetição do mesmo teste alterado para firmar o diagnóstico. Na gestação considera-se diagnóstico, após o teste oral de sobrecarga, valores de glicose de jejum > 92mg/dL ou 1h após sobrecarga > 180 ou 2h após > 153mg/dL.